O Homem do Campo

O Homem do campo

Esse homem com suas mãos calejadas
De trabalhar no roçado a vida inteira,
Valorizando a sua vida. A sua morada
É uma rústica casa de taipa na ribeira.

Logo cedo segue em busca de alimento
Que é produto do suor que ele derrama,
Volta tarde, mas o seu contentamento
É tão grande que ele ri, e não reclama!

Esse homem é o destemido sertanejo
Corajoso, perspicaz, mas sem vaidade,
Faz o bem e a caridade num lampejo!

Do trabalho desse homem de bondade
Resulta o pão de cada dia, com ensejo,
Para todos lá do campo e das cidades!

Autor: José Rosendo

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Robson de O. Silva

Relato de experiência no Museu Vivo do Nordeste

A partir da nobre oportunidade de participar do Projeto de Extensão do Museu Vivo do Nordeste me senti impelido a conhecer de forma mais profunda as relações entre o nosso patrimônio material e imaterial e a nossa cultura e História. O contato com o ambiente vivo do museu possibilitou-me vários insights que se remetem a possibilidades de pesquisas relacionadas à história da vida de homens e mulheres da região Nordeste com base em seus utensílios e ferramentas cotidianas, assim como as possibilidades do uso dessa ampla gama de conhecimentos aplicados à prática docente.

Além do olhar acadêmico – do ponto de vista de quem estuda História – sobre a paisagem do museu e às histórias enunciadas em cada peça, também pude experimentar sentimentos e memórias comuns a qualquer pessoa que de uma maneira ou outra já vivenciou experiências com peças presentes no Museu, desde a menor e mais simples peça até a mais estranha a sua memória. A partir dessa leitura emocional do vislumbre do acervo do Museu atrelado à organização impar, que se aproxima bastante da disposição real das peças (Panelas sobre o fogão, a mesa junto à cozinha, os utensílios de higiene pessoal rente à penteadeira, as malas penduradas nos caibros, etc.), pude relacionar ao projeto do museu uma importante papel social: o de possibilitar o contato com a memória latente a cada peça e ao ambiente em si, proporcionando momentos de nostalgia e emoções diversas.

O conjunto acervo-paisagem típico desse museu também nos remete à noção de lugar, onde esta categoria geográfica está relacionada à memória ligada a um determinado espaço vivido, como também se remete ao contexto mais macro relacionado à categoria de região (divisão do espaço estabelecido por características de clima, relevo, cultura, identidade, etc.), onde neste caso se remete à região nordeste, com seus costumes e peculiaridades. Estas categorias podem ser analisadas não só pela Geografia – em um caráter de pesquisa ou didática – como também pela História com as mesmas finalidades citadas.

O projeto de extensão possibilita também externar o conhecimento adquirido na academia e trocar informações com os visitantes que por vezes narram a sua própria memória relacionada ao ambiente do museu. Dessa forma, relacionando-se com a comunidade que faz uso do espaço do Museu Vivo, podemos não só informar os visitantes sobre os aspectos históricos do contexto como também compartilhar experiências próprias e possibilitar uma imersão imaginária no passado a partir do presente.

Em resumo, a minha experiência com o Museu Vivo do Nordeste e com o Projeto de Extensão que nasce junto ao museu me fez entrar em contato com um acervo impar, onde os patrimônios materiais e imateriais dão-se as mãos e transformam um espaço doméstico em uma representação do passado a partir da memória e da história de um povo, de uma região e de um Brasil onde suas dimensões continentais e étnicas levaram a construção de uma História rica e multifacetada.

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Deise S. Sousa

Relato de experiência no Museu Vivo do Nordeste

Minha vivência nas atividades do Museu Vivo do Nordeste teve início no final do ano de 2009, quando fui convidada pelo professor Adonhiran a participar de um projeto seu que embora estivesse em fase de análise para aprovação pela Pró-reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários, a muito tempo já o ocupava como projeto pessoal.

Evidentemente aceitei o convite como participante voluntária do projeto atividade que venho desempenhando desde o início de 2010 em colaboração com o próprio professor e uma equipe montada a priori por ele a partir da sua observação dos alunos enquanto professor em sala de aula e a posteriori mediante a divulgação do mesmo, a equipe foi ampliada por meio do interesse de alguns discentes que se interessaram em participar do projeto.

Ao longo do tempo de trabalho no museu, das discussões paralelas a respeito do seu objeto temático: o nordeste, suas peculiaridades e principalmente as questões relativas a anterior produção regionalista e seus possíveis diálogos com o atual “pensar” historiográfico a respeito do nordeste e dos discursos e imagens que o envolvem, pude não só entrar em contato com o conhecimento relativo ao trato dos artefatos pertencentes a coleção do museu, sua conservação, disposição e ambientação, como também com os próprios elementos e ideias a cerca do que se entende por cultura e principalmente, por cultura nordestina.

Atualmente, o museu desenvolve atividades muito mais voltadas para a própria divulgação e incentivo à visitação, articulando-se inicalmente com o próprio meio acadêmico; além de continuar as atividades iniciais do projeto. Com isso, creio que ganhei muito com estes quase dois anos de atividades práticas e intelectuais, ambas geradoras de conhecimento, assim como acredito que pude contribuir para a dinâmica das atividades do museu.

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